sábado, 20 de agosto de 2016

Cinema. Memórias.

Comecei a ir no cinema ainda criança, em Resende. Meu avô conhecia o dono do cinema Odeon e, por isso, tínhamos uma cortesia de entrar sem pagar. O senhor que trabalhava na roleta pegando os tikets, o Nadinho, já nos conhecia. Alguns filmes que vi ainda criança: Orca; Scanners; Superman; Deu a Louca no Mundo; dentre outros.

No início, tinha dificuldade em acompanhar as legendas e perdia várias partes do texto. Com o tempo, o cérebro vai desenvolvendo a agilidade de leitura. Hoje em dia, a maioria dos filmes estrangeiros são dublados. Acho um retrocesso cultural, pois há uma acomodação cognitiva.

Penso que o fato de começar a frequentar o cinema, cedo, me ajudou na minha formação intelectual.

Naquela época, se você gostasse de um filme podia dobrar a sessão. Hoje, os cinemas são vistoriados e você precisa deixar a sala. Teve filme que assisti várias vezes. Não havia internet e nem facilidade de assistir a um filme a qualquer hora.

Um filme que dobramos a sessão foi Um Lobisomem Americano em Londres. Ao final, quando sobem os créditos, contrastando o clima tenso, entra a música Blue Moon ("The Marcels") e começamos a dançar. Foi um momento divertido.

Lembro das primeiras locadoras de filmes em VHS. No Leblon havia o Vídeo Clube do Brasil que você entrava de sócio e tinha direito a pegar alguns filmes. As sinopses eram disponibilizadas em cartões em painéis separados por gêneros. Você levava os cartões para o balcão e eles te entregavam os VHS. Não haviam capas ou cartazes.

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