Outro dia assisti ao filme São Paulo: Sociedade Anônima disponível em uma plataforma de streaming. Se trata de um drama lançado em 1965, em preto-e-branco, dirigido por Luis Sérgio Person.
O roteiro apresenta Carlos (Walmor Chagas), um jovem que trabalha na indústria automobilística, e está em constante insatisfação (crise existencial) com a repetição e a robotização de sua vida. A repetição e a rotina da vida lhe são aversivos.
Talvez, por esse motivo, também não consiga ter relacionamentos satisfatórios, pois a insatisfação alcança o campo afetivo. Em seu comportamento podemos ver: a instabilidade afetiva; o mau humor (distimia); a inconstância; a impulsividade; o egocentrismo; a fuga da responsabilidade; o constante “recomeçar” (imaturidade). Ainda, recorrendo ao modelo dos esquemas da personalidade, podemos pensar em termos de “desconexão e rejeição”.
Neste sentido, o protagonista parece estar num círculo vicioso de aproximação e afastamento, sem a persistência necessária a estabilidade.
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