domingo, 19 de dezembro de 2021

A lição final, a "moral-da-história", do documentário Mystify (2019), sobre a vida de Michael Hutchence, carismático lead-singer da banda australiana INXS, é: talento e energia somente não resolvem. É preciso de discernimento. Em determinado momento Michael tem um acidente de percurso que ocasionou danos cerebrais, comprovados pelos exames médicos, com alterações no seu processo emocional e comportamento. A esse fator, podemos acrescentar algumas possíveis decisões impulsivas no campo afetivo, depressão e a trágica interrupção de sua vida intrafísica (suicídio; assedialidade).

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Na biografia de Tom Jobim, escrita por Helena Jobim, há o relato de um parafenômeno exposto a seguir: 

"Nessa época viveu uma experiência mística muito importante em sua vida. Tinha convidado seu amigo Mário, apelidado Mário Saliva por sua boa conversa, para passar um fim de semana com ele em Poço Fundo. (...) A viagem era longa pela estrada de terra, a floresta quase fechando o caminho, Mário, dirigindo o carro, começou a correr. Tom, a seu lado, ia ficando cada vez mais tenso. Subitamente, alguma coisa aconteceu. Sentiu que dentro dele tudo se relaxava. Olhava o farol iluminando o barranco vermelho, uma árvore debruçada no caminho, as estrelas que brilhavam congeladas no céu azul-marinho. De repente não havia mais separação entre ele e tudo o que o cercava. Ele era tudo - a luz do farol, o barranco iluminado, a árvore, as longínquas estrelas - e tudo era ele. Nesse momento cessou o medo. (...) Tom dizia que essa experiência tinha sido tão intensa, que era difícil colocá-la em palavras. Sentiu-se modificado depois dela. Havia experimentado uma outra dimensão." 

Pergunta: teria sido esta uma experiência de expansão de consciência?


 "As pessoas que tiveram uma vívida experiência fora-do-corpo consideram-na uma das mais intensas experiências de suas vidas. A EFDC proporciona-lhes uma natural e excitante oportunidade para vivenciar sua idade independente da forma física, enquanto ainda estão vivas. Seus sistemas de crenças a respeito da morte são, com frequência, radicalmente alterados". 

Referência: 

Stack, Rick; Viagem Astral: As Aventuras Fora do Corpo; trad. Antonio Silva e Souza; Ed. Campus; Rio de Janeiro; p.21.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Um filósofo de vida pública sonhou que estava com sua esposa procurando discos de um "roqueiro" chamado Floyd Smith. E questionou em rede social: "Será que ele existe?". Em seguida, complementou: "Existe", adicionando um link para uma música. Podemos verificar nos registros do Google um guitarrista de jazz chamado Floyd George Smith (1917-1982).

Pergunta: Qual seria o motivo de tal "sonho" tão específico? Poderia ter sido uma experiência de projeção semiconsciente, com falhas na rememoração, desencadeando o rótulo impreciso de "roqueiro"?

Hipótese. Em se tratando de uma experiência projetiva autêntica, qual seria o motivo de tal comunicação?

sábado, 11 de dezembro de 2021

Rememoração: estava num local e num determinado momento passei por uma janela e houve uma transição onde comecei a reparar mais no ambiente e nas coisas. Penso que houve um despertamento da lucidez. Estava numa praia e olhava a areia e reparava nas "imperfeições", os papéis no chão, coisas que não deveriam estar naquele local e pensei algo do gênero: "no extrafísico há imperfeições!".
Vi um pedaço de papel que parecia ter sido deixado por alguém lá e o peguei na tentativa de poder ler alguma informação escrita mas não consegui. Vi 2 pares de luvas semelhantes aquelas de látex e depois outros pares de luvas que pareciam feitas em material mais resistente e coladas entre si (cada mão era unida à outra, não eram independentes). Fiquei curioso porque não havia visto esse tipo de luva e não tinha ideia a respeito da sua utilidade e do porque estariam por ali. 
Em seguida, caminhei um pouco e vi uma casa ao meu lado direito, numa parte mais elevada. Era uma casa simples e colorida. Estava preocupado em fazer a retenção das percepções, na memória, para poder lembrar da experiência após o despertamento somático. Nesse momento lembrei que já havia passado por esta situação em outras experiências. Despertei em seguida e repassei o conteúdo, diversas vezes, ainda deitado com os olhos fechados.
Essa experiência ocorreu pela manhã, pois havia me levantado próximo das 6h, assisti a um documentário e voltei a deitar próximo das 7h.

****
Teria sido uma experiência de projeção semiconsciente? Tinha um grau de lucidez o suficiente para pensar que estava vivenciando uma projeção e curiosidade intelectual para tentar fixar nos detalhes percebidos a fim de relembrar da experiência. 
Vale considerar também que minha percepção ficou focalizada em detalhes e não se expandiu para o ambiente todo. Por exemplo, não cheguei a olhar em volta para ver se havia mar e outras pessoas.

Se a hipótese da projeção é correta aonde estaria projetado? Julgo que, pelas características, seria um ambiente intrafísico. Mais especificamente, qual local/praia era aquela? Não tenho a menor ideia.

Poderia ter sido um simples sonho? Descarto essa hipótese em função do nível de autoconscientização, ainda que não fosse alto mas era diferente da passividade onírica.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Verdade e vivências

A busca da verdade começa pela interpretação correta das autovivências, incluindo os parafenômenos percebidos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

No dia 8/12 tive um “sonho” onde estava voando de avião e descendo em direção ao mar. Pensei que estava muito alto e tive certa vertigem (a sensação de estar no alto era bem real). Fui descendo em direção às pessoas que estavam nadando e fiquei preocupado de não machucá-las (com a estrutura do avião) e despertei em seguida. 

Pergunta: teria sido uma projeção? Julgo que tenha sido um fenômeno autoprojetivo com decolagem e interiorização do psicossoma. Segundo Muldoon, “sonhos de vôo” podem estar relacionados ao movimento do psicossoma.

A meu ver, essa experiência não foi um "sonho comum" mas uma projeção da consciência onde a sensação da decolagem do "segundo corpo" produziu um enredo relacionado ao "vôo de avião". Um dos fatores que me levam a considerar tal hipótese é o estado subjetivo de bem-estar após o retorno de uma projeção autêntica, diferente do despertar após um sonho comum.

Muldoon/Carrington diz: "a causa comum desses sonhos de queda é a interiorização do fantasma projetado". Noutras palavras: ocorrem devido a interiorização do psicossoma (veículo extrafísico da consciência). Ou seja, a projeção imprime um sonho relacionado com a ação extrafísica. "A atividade do corpo astral pode incitar um sonho de flutuação, de vôo ou de queda".

Embora se refiram aos "sonhos de queda" penso estejam na mesma categoria dos "sonhos de pouso" (no caso da experiência citada no início).  A ideia de que "Um sonho de queda pode associar-se com o de vôo" reforça esta ligação.

Muldoon/Carrington continua a explicação em relação a impressão do tempo: "O sonho propriamente dito pode dar a impressão de ter tido maior duração que o tempo gasto pelo fantasma para se interiorizar. Mas tão não se dá. Um sonho que aparentemente num longo período, pode ter gasto apenas momentos".

Referência: 

Muldoon, Sylvan J. & Carrington, Hereward; Projeção do Corpo Astral ("The Projection of the Astral Body"); Ed. Pensamento; São Paulo, SP; páginas 86-99).


Projetabilidade.

A importância da projetabilidade é que ela "objetiva" a consciencialidade, trazendo um pouco da flexibilidade e amplitude da vida extrafísica para a dimensão humana.

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Corrente interassistencial

A interação autassistência - interassistência: "se eu me ajudo, consigo auxiliar mais aos outros".

Há uma equação potencializadora na interassistência: quanto mais assistência, mais assistência. Parece óbvio, mas a ideia é: quanto mais você ajuda alguém, mais essa pessoa poderá auxiliar outras pessoas. É a chamada "corrente-do-bem". Há um filme com esse título.

Autoimagem e auto-exposição

 A preocupação com a autoimagem trava a autoexposição cosmoética. 

O livro A Arte da Imperfeição (Brené Brown) aborda o materpensene da autexposição.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

TÉCNICA DA PROJEÇÃO CONSCIENTE PÓS-ESTUDO

Procure dormir cedo, por volta de 21h30, sem ingerir muitos alimentos.

De preferência, desperte com autossugestão, sem despertador, entre 4h30 e 5h00. Deste modo sua vontade já está atuando desde o início.

Se necessário, tome banho e faça um breve lanche. Escute, perceba as necessidades do soma. Aqui já terá idéia da predisposição para a técnica.

Procure estudar algo relacionado às projeções conscienciais.

Se não costuma acordar neste horário, após certo tempo de estudo, aproximadamente 2 horas, poderá sentir sonolência. Indo deitar após o aquecimento neuronial provocado pelo estudo (devido ao uso de atributos como lógica, comparação, análise crítica), irá predispor um estado de lucidez maior, diminuindo a predisposicão às fantasias e enredos oníricos durante o sono.


****

Rio de Janeiro, 04 de maio de 1997

Acordei para o início da técnica projetiva, às 4h30, sem precisar usar o relógio despertador.

Logo que deitei, em decúbito dorsal, sentia as emoções controladas, o raciocínio atuando e sem interferências por parte do soma.

Comecei a ouvir os sons intracranianos que já não me assustaram mais como acontecia nas primeiras projeções conscientes que tive, aos 17 anos de idade. Os sons pareciam alterar timbre e ritmo, com o primeiro mais "melodioso" em relação às outras vezes. Num momento se assemelhou ao ritmo de música instrumental pop.

Às vezes, o mais difícil nos relatos projetivos é transcrever a seqüência exata dos acontecimentos. Ao mesmo tempo que ouvia os sons intracranianos tinha a sensação de entrar noutra realidade e me afastar do mundo físico: do soma, do quarto de dormir, do ar, das percepções físicas, ou seja, das coisas indispensáveis à manifestação intrafísica da consciência.

Uma das razões da dificuldade de transcrever as experiências projetivas se deve a sensação de dilatação (deformação) no tempo, onde a consciência parece vivenciar muito, não necessariamente em quantidade de ocorrências mas em intensidade.

Com as sensações de desligamento do soma também tive a sensação de expansão do espaço (ballonement) e de ser levado à longa distância. Porém, não consegui me desvencilhar da relação ambiente intra-extrafísico, ou seja, me preocupava para onde estava indo e que talvez pudesse parar no quarto do vizinho. A preocupação em me afastar do soma parecia exercer o efeito contrário, de me manter ainda mais próximo deste.

Tive uma espécie de "sonho lúcido" onde ia para um quarto e pulava da janela. Isso ocorreu duas vezes.

Durante esses estados tinha a "dupla sensação" de estar no quarto e longe dele e ouvia sons e vozes familiares em ambos os ouvidos, que se revezavam*, ora do lado direito ora no lado esquerdo, mas eram agradáveis. Neste momento, lembrei da representação cinematográfica do filme Ghost: Do Outro Lado da Vida, quando o personagem Sam (Patrick Swayze) passa pela primeira dessoma e, ainda no estado transitório entre a vida intra e extrafísica, tem uma série de percepções auditivas e visuais e cenas rememoradas.

* que pareciam corresponder ao meu próprio pensamento. Neste momento pensava sobre o que havia lido sobre Freud e elas pareciam dizer outras palavras relacionadas ao pensamento que tinha a respeito. Me diverti com a exoticidade da manifestação que não se utilizava de recursos tecnológicos externos.

As percepções dos "sons revezados" se assemelhavam aqueles sons com crescendum que terminam subitamente.

Acordei por volta das 7h30. (O experimento começou quando o dia já estava claro).

Fiquei todo tempo em decúbito dorsal.

Autopensenidade e Linguagem

Foz, 14.06.2003

Entrei no Laboratório de Autopensenologia (CEAEC), às 15h. Fui até a mesa e folheei rapidamente o material, mas a ideia mais forte era de sentar na poltrona. Fui para lá, deixei as pernas estiradas sobre um acolchoado na cadeira em frente, e coloquei mais travesseiros na poltrona. 

Estava com a luminosidade do dimer bem fraca e o ar condicionado ligado.

Me chamou atenção o padrão energético intenso e agradável, diferente do holopensene mais discreto do Laboratório de Autevoluciologia e do Laboratório de Sinalética Energética, onde havia a ampliação da autoconsciência somática-energossomática, de cada parte do soma. No laboratório da Autopensenologia o foco energético era mais direcionado na região da cabeça, na mente, relacionado diretamente com os chacras encefálicos. O padrão holopensênico era marcante, presente e ostensivo.

Cerrei os olhos e o processo das palavras, da linguagem ficou secundário e pequeno. E surgiu a ideia: "a autopensenidade é mais do que a linguagem". Naquele momento, a impressão de ter uma vivência "concreta", uma autopercepção lúcida era maior do que de ter apenas uma concepção teórica sobre determinado assunto. 

Pensei na ideia do conscienciês na condição de "linguagem consciencial" e se Sigmund Freud teria vislumbrado ou tangenciado esse fenômeno quando se refere à possibilidade de uma ideia estar "consciente" ou não, em determinado momento. Tal passagem escrita me surgiu à mente naquele momento. Neste caso, a ideia "não-consciente" seria quando ela sai do âmbito, da dimensão, do campo da linguagem?

Foi uma experiência com holopensene mentalsomático e parece ter havido algum processo telepático de transmissão de ideias. 

Outro fato curioso e importante: parece que adormeci durante o experimento, pois levantei-me às 16h10, um minuto antes do despertador tocar, às 16h11. Arrumei os lençóis e não lembrava de nada para ser registrado, apesar de sentir que o experimento fora proveitoso. Após arrumar tudo resolvi sentar para registrar o horário de início e fim do experimento. Quando comecei a escrever me vieram as lembranças mais importantes do início do experimento, dos instantes iniciais quando havia acabado de me sentar na poltrona.

Ideias/anotações:

* Antes da linguagem vem a autopensenidade; antes vem a intencionalidade.

*  Laboratórios: dinamizadores evolutivos.

* Nos estudos, a linguagem (forma) não deve preponderar sobre o parapsiquismo (conteúdo). Pensar: qual o conteúdo? O que este autor quis dizer com isso? Que fenômenos ele vislumbrava? A tradução é adequada?

****

"Idioma telepático" está  na sinonímia de conscienciês. "Como teoria objetivando pesquisas, o conscienciês é a plasmagem, em forma de idioma universal da consciência, da mesma telepatia extrafísica, a entrada súbida de pensamento ou ideia na consciência projetada". (Vieira, W.; Projeciologia; p. 649).



Laboratório de Autoprojeciologia

Foz, 10.11.2015

Início: 8h30

Estive no Laboratório de Autoprojeciologia, no Centro de Altos Estudos da Consciência (CEAEC). 

Senti alteração para melhor nas ECs. Nada haver com autossugestão ou imaginação. É um fato ou parafato. O mentalsoma fica otimizado neste local. Sinto que os pensenes podem ir para várias direções. Porém, as "trilhas" são cosmoéticas e evolutivas. É difícil pensar "bobagem" aqui, pois fica tudo mais equilibrado e o ambiente (holopensene) eleva o nível da autopensenidade (ortopensenes).

O holopensene do local inspira um misto de seriedade e leveza, possibilitando o aprofundamento temático na Projeciologia, porém, sem nenhum tipo de inculcação ou doutrinação de ideias.

Deitei na cama após ler e transcrever alguns trechos do livro Projeciologia, e logo veio a ideia de escrever sobre as projeções de uma personalidade histórica. Levantei para anotar essa ideia.

Me senti muito relaxado psicofisiologicamente e reparei que ainda não consigo este mesmo nível de relaxamento em casa.

O relaxamento aprofundou e devo ter adormecido. Quando levantei eram 11h e me sentia bem, sem nenhum sentimento de culpa por estar deitado a essa hora ou estar "perdendo tempo", pois o sentimento era, paradoxalmente, de produtividade consciencial.

Levantei-me sentindo com as energias (ECs) fluidas e sem bloqueios. Parece que mexeram em todo o meu energossoma.

No tempo restante fiquei lendo e fazendo anotações.

domingo, 5 de dezembro de 2021

REGISTRO DAS EXPERIÊNCIAS AUTOPROJETIVAS

Quando comecei a registrar as autovivências projetivas era apenas um estudante curioso a respeito das experiências utilizando as anotações ao modo de fotografia consciencial. Com o tempo tais anotações tornaram-se, ainda mais, úteis devido os seguintes fatores:

1. A finalidade de documento autobiográfico transcendente, possibilitando o aprofundamento da autopesquisa consciencial (conhecimento de si) através das experiências holossomáticas e multidimensionais.

2. O compartilhamento das autovivências, dentro do propósito da comunicação entre pesquisadores(as) e interessados(as) nos assuntos da projetabilidade humana (Projeciologia) e áreas-afins.

3. O registro da experiência pessoal dificulta o mecanismo psicológico da negação. Por exemplo, a pessoa experimenta a projeção lúcida e, posteriormente, atribui a ocorrência ao simples efeito do onirismo e da imaginação. Neste caso, a psicologia do indivíduo atua de acordo com os interesses intrafísicos momentâneos.

4. A efemeridade da memória dos eventos extrafísicos, vivenciados a partir de outros veículos de manifestação da consciência, além do corpo biológico. Se não registrasse as experiências não-físicas e contasse apenas com a memória cerebral, hoje, possivelmente teria apenas reminescências das autovivências. 



Filmes sem conclusão

Outro dia assisti a um filme daqueles que "acabam mas não terminam". Ou seja, a estória chega ao final e não há um desfecho, uma c...