terça-feira, 15 de outubro de 2013

Desenhos, dinossauros, livros

Nas lembranças mais antigas desta infância estava desenhando. Minha avó dizia que meus primeiros desenhos eram de relógios (que chamava de "moójo") mas não lembro desta época, nem guardo nenhum exemplar. Só lembro de um relógio do Mickey com braços de ponteiros que joguei no chão porque não queria comer cebola. Mas voltando aos desenhos, lembro dos dinossauros. Estes eram uma fascinação naquela época. Lia tudo a respeito, sabia os nomes, via mil vezes as mesmas imagens. Lembro do livrão em 2 volumes O Mundo em que Vivemos que havia na biblioteca do meu avô, em Resende. Gostava muito deste livro e das ilustrações dos períodos pré-históricos, da imagem do alossauro rajado se alimentando e do imponente tiranossauro cinza, de olhos vermelhos e braços minúsculos. Até que um dia aquela folha foi arrancada por alguém que nunca descobrimos. Outra coleção, com 5 volumes, que gostava muito se chamava Os Bichos. Lembro do cheiro de livro novo quando a ganhei.



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Bate-papo na Uniamérica

Há duas semanas fui convidado pela psicóloga Luciana Salvador para apresentar um bate-papo na aula de Políticas Públicas em Psicologia, na faculdade Uniamérica, sobre meu trabalho nas unidades de saúde, em Foz do Iguaçu. 

Reuni algumas anotações e ideias dos atendimentos e fui em frente. Não gosto de powerpoint, pois acho que inibe a interatividade e as inspirações, então levei tudo impresso no papel. 

Estava um pouco apreensivo pois não sabia como seria a receptividade, mas tanto a turma quanto a professora foram bem colaborativas e logo após a breve apresentação surgiram as perguntas.

Procurei enfatizar a prática dos atendimentos psicoterápicos, trazendo exemplos das experiências e técnicas criadas a partir da singularidade das situações.

Dois dias depois voltei para a mesma, exposição, desta vez, para a turma do período da manhã. Saí de lá muito satisfeito em poder compartilhar alguma experiência com aqueles estudantes.



quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Auto-realização

“Contudo, para se realizar, o indivíduo precisa enfrentar esses temores, e ter consciência de que, para crescer, não basta sermos nós mesmos, mas é preciso participar da individualidade dos outros”.

(May, Rollo; A Coragem de Criar).

Valorização do(a) psicólogo(a)

Já disse aqui que estou atendendo a população em unidades de saúde. Na prática, se vê que muitos problemas têm base emocional e psicológica. Ainda falta valorizar mais a profissão dos psicólogos. A meu ver, cada Hospital, Unidade de saúde e Escolas deveriam ter psicólogos trabalhando.

Memória e envelhecimento

Uma das maiores bobagens que dizem na Sociedade é que a memória com o tempo vai caindo. Memória é exercício. Sem exercício cerebral, qualquer pessoa, independente da idade, começa a ter lapsos de memória. Já atendi adolescentes com problemas de concentração e de memorização iguais ou até maiores de pessoas idosas. Precisamos é de mais pessoas estudando e entendendo a importância deste hábito, independente das Escolas e Universidades. Pessoas com interesse em conhecer o mundo e se conhecer, com mais autoconfiança e menos inseguras.

Pais omissos

Há mais ou menos 1 ano estou trabalhando em 4 unidades de saúde. Neste tempo, embora não tenha a conta exata, já atendi algumas centenas de pessoas. Dentre várias situações que são recorrentes uma é a dos pais (homens) ausentes, que colocam os filhos no mundo e desaparecem ou simplesmente acham que é suficiente mandar algum dinheiro, sem participar ativamente da educação e do desenvolvimento destes. Neste casos, quase sempre, as mães assumem essa responsabilidade e se desdobram para trabalhar, educar e sustentar os filhos. Esta ainda é uma realidade muito comum em algumas sociedades.

A aluna que não consegue estudar

Hoje atendi uma criança junto com a mãe que me surpreendeu. Já acostumado em atender crianças que não querem estudar, esta foi bem diferente. Ela veio reclamar que não consegue estudar. Segundo seu relato, os alunos que estudam em sua sala costumam sentar até a quinta fileira. Dali para trás estão os bagunceiros, grande parte da turma. E os professores, enquanto está a maior baderna, simplesmente abandonam a sala deixando-a entregue aos bagunceiros. Esta aluna está estranhando a situação porque no outro colégio onde estudava os professores conseguiam coordenar a sala, o que não acontece neste. Um detalhe: trata-se de uma Escola Estadual.
Será apenas despreparo dos professores? Ou será que a coordenação tem receio de adotar medidas mais firmes e, portanto, "antipopulares"?

Filmes sem conclusão

Outro dia assisti a um filme daqueles que "acabam mas não terminam". Ou seja, a estória chega ao final e não há um desfecho, uma c...