domingo, 21 de agosto de 2016

Memória musical antiga

É interessante aprofundar a pesquisa da memória. Asa Morena, da cantora Zizi Possi, foi uma das primeiras músicas que me recordo ter ouvido, nessa vida intrafísica. Era de manhã, estava no quarto dos meus pais, na casa da vila militar, em Campo Grande, e a canção tocou no rádio. Certamente, ouvi muitas outras músicas antes, mas o que me fez, naquele momento, despertar a atenção de tal modo que me foi possível gravar tal registro na memória?

Claro que naquela ocasião não sabia o nome da música, mas tinha a memória da melodia e, muito tempo depois, quando a ouvi no rádio me foi possivel identificar imediatamente.

sábado, 20 de agosto de 2016

Cinema. Memórias.

Comecei a ir no cinema ainda criança, em Resende. Meu avô conhecia o dono do cinema Odeon e, por isso, tínhamos uma cortesia de entrar sem pagar. O senhor que trabalhava na roleta pegando os tikets, o Nadinho, já nos conhecia. Alguns filmes que vi ainda criança: Orca; Scanners; Superman; Deu a Louca no Mundo; dentre outros.

No início, tinha dificuldade em acompanhar as legendas e perdia várias partes do texto. Com o tempo, o cérebro vai desenvolvendo a agilidade de leitura. Hoje em dia, a maioria dos filmes estrangeiros são dublados. Acho um retrocesso cultural, pois há uma acomodação cognitiva.

Penso que o fato de começar a frequentar o cinema, cedo, me ajudou na minha formação intelectual.

Naquela época, se você gostasse de um filme podia dobrar a sessão. Hoje, os cinemas são vistoriados e você precisa deixar a sala. Teve filme que assisti várias vezes. Não havia internet e nem facilidade de assistir a um filme a qualquer hora.

Um filme que dobramos a sessão foi Um Lobisomem Americano em Londres. Ao final, quando sobem os créditos, contrastando o clima tenso, entra a música Blue Moon ("The Marcels") e começamos a dançar. Foi um momento divertido.

Lembro das primeiras locadoras de filmes em VHS. No Leblon havia o Vídeo Clube do Brasil que você entrava de sócio e tinha direito a pegar alguns filmes. As sinopses eram disponibilizadas em cartões em painéis separados por gêneros. Você levava os cartões para o balcão e eles te entregavam os VHS. Não haviam capas ou cartazes.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Star Wars

Quando era criança assisti ao filme O Império Contra Ataca, no cinema, com meu avô e meu irmão, em Campinas (SP). Naquela época os cinemas colocavam diversos cartões com fotografias das cenas dos filmes, em murais nas paredes. Logo me chamou a atenção a foto de um Tauntaun com Luke Skywalker porque aquele parecia um dinossauro.
Lembro que perguntei, mais de uma vez, para o meu avô o nome do filme e não conseguia entender.
Gostei muito do filme porque algumas cenas tiveram um forte impacto sobre minha mente. Por exemplo: o personagem Luke pendurado no gelo e usando a força (energia consciencial) para puxar o lightsaber da neve; o treinamento com Yoda no planeta Dagobah; a visão da "Cidade das Nuves" (Cloud City), onde vivia Lando Calrissian.


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Bach

Um amigo da Escola me emprestou um livro sobre Bach  (O Menino da Turíngia) e uma fita cassete dos Concertos de Brandenburgo que eram da sua avó. Li que Bach era um grande organista e compositor prolífico. Quis aprender a Toccata em ré menor. (Não cheguei a aprender a Fuga). Havia uma ótima versão orquestrada dessa música no filme Fantasia da Disney. Gravei um documentário sobre Bach da TV. Gostava da foto do órgão que Bach havia tocado da Enciclopédia Universo. Tinha alguns LPs com música de Bach para órgão: um deles era Obras para órgão (Elisa Freixo). Li que Swedenborg gostava de ouvir Bach.
Desenho à lápis.

Desenho.

Livro infantil.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Cibernética.

Dizem que homens gostam de máquinas mais do que as mulheres. Não sei dizer se isso é verdade. Desde criança gostava de tecnologia e maquinários. Se fosse depender da memória não lembraria disso com clareza, mas esse desenho foi a prova. Por isso, a importância dos registros pessoais. 
No primeiro quadro há a ideia de botões e controle (Cibernética); abaixo há alguns relógios que sugerem uma time machine; ao lado duas pistas sugerindo distância e um robô e sua pegada.

Desenho.

A "brincadeira do copo"

Comprei um livro de uma coleção As Ciências Proibidas que vinha com tabuleiro de Ouija, ou popularmente, a "brincadeira do copo". Descemos para o playground para ver se funcionava. No salão de festas juntou uma dezena de adolescentes. Luz apagada, vela. O copo começou a andar. Queria saber se ninguém trapaceava e pedia para levantarem o dedo. Parece que, de fato, funcionou. Depois, resolvi quebrar o copo de vidro que era da cozinha de casa. Jogamos aquele copo do 17 andar e vimos e ouvimos ele quicar! Descrente das nossas percepções, descemos (estava com meu irmão e um amigo) e achamos o copo intacto.

Livro da coleção.
Essa coleção (da ilustração) foi lançada nas bancas de jornais e me chamou atenção. Porém, os temas "sobrenaturais" não eram tratados com isenção. A começar com a palavra "Proibidas" no título, havia uma conotação de sensacionalismo que apelava, em vários momentos, para a um clima de alerta do tipo: "fiquem longe disso". A ilustração da capa e as internas também seguiam esse mesmo padrão.

Amadeus

Em 1985 assisti ao filme Amadeus num cinema do Rio. À noite, sonhei com ópera de Mozart. Comecei a gostar de música clássica, aprender teclado, a ler tudo sobre Mozart, e a desenhar compositores. Naquela época não tinha internet, então as fontes eram as Enciclopédias, revistas, jornais. Comecei a colecionar imagens do compositor austríaco. A trilha sonora do filme, um LP duplo cheio de fotografias e textos, era uma viagem sonora a Europa do século 18. Sinfonias, concertos para piano, arias, óperas, requiem. Ali, comecei a compreender o universo da música erudita.
A Sinfonia n. 25 com aquela atmosfera de tensão; a música cigana (Bubak e Hungaricus); a expressiva Serenata para Sopros.

Os encartes dos LPs também eram fonte de leitura, o que desapareceu com o CD e as outras mídias.

Desenho.

Filmes sem conclusão

Outro dia assisti a um filme daqueles que "acabam mas não terminam". Ou seja, a estória chega ao final e não há um desfecho, uma c...