sexta-feira, 22 de junho de 2018

Estados alterados de consciência

No livro Transpersonal Psychologies, publicado em 1972, Charles Tart aborda a importância da pesquisa dos Estados alterados da consciência para se compreender o psiquismo.

Durante todo o curso de Psicologia não me recordo de ter ouvido uma vez sobre tal assunto. Lembro que, certa vez, ao indagar um professor sobre a opinião dele sobre as pesquisas da Parapsicologia ele simplesmente disse que "não existiam". Ficou claro que ele não entendia nada a respeito.



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Decaimento da autocrítica

A autocrítica é um atributo importante para o desenvolvimento da personalidade humana. Na biografia de Peter Longerich sobre Goebbels, ministro da propaganda nazista, o autor destaca o decaimento da autocrítica nos diários do político: "Se as passagens autocríticas são a parte mais interessante dos primeiros diários, a ausência quase completa de autocrítica nos últimos volumes talvez seja o que mais chama atenção". (Ed. Objetiva; p.19).

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

"Eu, Daniel Blake" (Crítica)

O que há de errado com Eu, Daniel Blake? Uma das respostas pode estar na pergunta: "Para quê serve um filme?" Retratar a realidade ou transcendê-la? Se você prefere a primeira opção talvez tenha gostado do filme. A meu ver, a limitação dele está justamente em retratar a realidade mas não superá-la, em apontar a patologia social (a burocracia) e não mostrar alternativas ou soluções. Há uma incompletude, neste sentido.

O personagem, em alguns momentos, tenta burlar e transcender a patologia mas sem êxito. O filme direciona sua crítica para o sistema social burocrático. Isso fica evidente pela forma "zumbificada" dos personagens burocráticos retratados.

Há decerto, ao menos, duas situações que merecem destaque:

1) quando Blake se levanta no departamento do governo para reclamar do descaso em relação à mãe solteira, Katie;

2) quando Daniel, já saturado do empurra-empurra burocrático, parte para um protesto gráfico

Porém, ambas as tentativas de superar a patologia não têm êxito e a mensagem final é pessimista: "o sistema é esse mesmo, não adianta lutar contra ele que tudo continuará igual". Faltou: ressaltar a condição do inconformismo social sadio, o pensar out-of-box; sair da crítica social e entrar na autocrítica. É sempre relevante pensar: "O quê uma consciência mais lúcida faria nesta condição?".

Faz pensar que alguns autores são bons para contar uma estória, mas não tem habilidade (vontade?) para solucioná-la. Ou seria falta de mais ousadia para sair do conformismo? A impressão é que o filme bate asas mas não voa.

Podemos fazer a pergunta: um filme deve apenas conformar-se com o real ou transcendê-lo? Se a intenção é levantar um problema, trazer uma situação para o debate já terá sido válido. Mas, particularmente, gosto de sair do cinema com aquele sentimento positivo de ascenção onde um problema, uma situação insatisfatória foi desvelada e depois superada.


quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A irracionalidade do materialismo

Do ponto de vista existencial, a tese do materialismo e, portanto, da finitude da consciência é irracional. A questão é que, neste caso, teríamos que assumir que determinadas pessoas foram "eleitas", desde o nascimento, a terem uma vida melhor do que outras.

Eis alguns exemplos:

1) Uma pessoa nasce numa família estruturada que lhe dá condições da melhor formação educacional, cultural e social. Já um outro indivíduo nasce num ambiente mais inóspito, em condições desfavoráveis.

2) Um indivíduo nasce gênio superdotado, com inteligência acima da média; um outro tem retardo mental, com extrema dificuldade de raciocínio e elaboração de pensamento.

3) Um sujeito, ao final da vida está feliz e sereno, com a sensação de dever cumprido e tem um desfecho tranquilo, durante o sono, em atmosfera de paz. Já outra pessoa sofre acidente e falece de modo trágico, deixando um rastro de incomprensões e incompletudes para trás.

Conclusão: podemos enumerar inúmeros exemplos que mostram a deficiência do materialismo (da ideia de que a existência da personalidade termina junto com o corpo biológico) na explicação da vida humana.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Jung e o inconsciente

Lendo Jung é possível perceber o nível do alcance superior de suas ideias se comparado a outros psicólogos históricos. Mas ainda tem aquele hábito de usar a ideia de inconsciente para explicar os fenômenos parapsíquicos.

sábado, 24 de setembro de 2016

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Maturidade dos eleitores

O cidadão-eleitor que vota num candidato em troca de favores, cargos ou dinheiro, não tem nenhuma moral para reclamar sobre a corrupção, pois já é participante desta desde o começo.

A qualificação do(a) eleitor(a) requer uma dessensibilização em relação aos discursos políticos emociogênicos e maior sensibilização para os discursos racionais e realistas.


Filmes sem conclusão

Outro dia assisti a um filme daqueles que "acabam mas não terminam". Ou seja, a estória chega ao final e não há um desfecho, uma c...