sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Na biografia de Tom Jobim, escrita por Helena Jobim, há o relato de um parafenômeno exposto a seguir: 

"Nessa época viveu uma experiência mística muito importante em sua vida. Tinha convidado seu amigo Mário, apelidado Mário Saliva por sua boa conversa, para passar um fim de semana com ele em Poço Fundo. (...) A viagem era longa pela estrada de terra, a floresta quase fechando o caminho, Mário, dirigindo o carro, começou a correr. Tom, a seu lado, ia ficando cada vez mais tenso. Subitamente, alguma coisa aconteceu. Sentiu que dentro dele tudo se relaxava. Olhava o farol iluminando o barranco vermelho, uma árvore debruçada no caminho, as estrelas que brilhavam congeladas no céu azul-marinho. De repente não havia mais separação entre ele e tudo o que o cercava. Ele era tudo - a luz do farol, o barranco iluminado, a árvore, as longínquas estrelas - e tudo era ele. Nesse momento cessou o medo. (...) Tom dizia que essa experiência tinha sido tão intensa, que era difícil colocá-la em palavras. Sentiu-se modificado depois dela. Havia experimentado uma outra dimensão." 

Pergunta: teria sido esta uma experiência de expansão de consciência?


 "As pessoas que tiveram uma vívida experiência fora-do-corpo consideram-na uma das mais intensas experiências de suas vidas. A EFDC proporciona-lhes uma natural e excitante oportunidade para vivenciar sua idade independente da forma física, enquanto ainda estão vivas. Seus sistemas de crenças a respeito da morte são, com frequência, radicalmente alterados". 

Referência: 

Stack, Rick; Viagem Astral: As Aventuras Fora do Corpo; trad. Antonio Silva e Souza; Ed. Campus; Rio de Janeiro; p.21.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Um filósofo de vida pública sonhou que estava com sua esposa procurando discos de um "roqueiro" chamado Floyd Smith. E questionou em rede social: "Será que ele existe?". Em seguida, complementou: "Existe", adicionando um link para uma música. Podemos verificar nos registros do Google um guitarrista de jazz chamado Floyd George Smith (1917-1982).

Pergunta: Qual seria o motivo de tal "sonho" tão específico? Poderia ter sido uma experiência de projeção semiconsciente, com falhas na rememoração, desencadeando o rótulo impreciso de "roqueiro"?

Hipótese. Em se tratando de uma experiência projetiva autêntica, qual seria o motivo de tal comunicação?

sábado, 11 de dezembro de 2021

Rememoração: estava num local e num determinado momento passei por uma janela e houve uma transição onde comecei a reparar mais no ambiente e nas coisas. Penso que houve um despertamento da lucidez. Estava numa praia e olhava a areia e reparava nas "imperfeições", os papéis no chão, coisas que não deveriam estar naquele local e pensei algo do gênero: "no extrafísico há imperfeições!".
Vi um pedaço de papel que parecia ter sido deixado por alguém lá e o peguei na tentativa de poder ler alguma informação escrita mas não consegui. Vi 2 pares de luvas semelhantes aquelas de látex e depois outros pares de luvas que pareciam feitas em material mais resistente e coladas entre si (cada mão era unida à outra, não eram independentes). Fiquei curioso porque não havia visto esse tipo de luva e não tinha ideia a respeito da sua utilidade e do porque estariam por ali. 
Em seguida, caminhei um pouco e vi uma casa ao meu lado direito, numa parte mais elevada. Era uma casa simples e colorida. Estava preocupado em fazer a retenção das percepções, na memória, para poder lembrar da experiência após o despertamento somático. Nesse momento lembrei que já havia passado por esta situação em outras experiências. Despertei em seguida e repassei o conteúdo, diversas vezes, ainda deitado com os olhos fechados.
Essa experiência ocorreu pela manhã, pois havia me levantado próximo das 6h, assisti a um documentário e voltei a deitar próximo das 7h.

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Teria sido uma experiência de projeção semiconsciente? Tinha um grau de lucidez o suficiente para pensar que estava vivenciando uma projeção e curiosidade intelectual para tentar fixar nos detalhes percebidos a fim de relembrar da experiência. 
Vale considerar também que minha percepção ficou focalizada em detalhes e não se expandiu para o ambiente todo. Por exemplo, não cheguei a olhar em volta para ver se havia mar e outras pessoas.

Se a hipótese da projeção é correta aonde estaria projetado? Julgo que, pelas características, seria um ambiente intrafísico. Mais especificamente, qual local/praia era aquela? Não tenho a menor ideia.

Poderia ter sido um simples sonho? Descarto essa hipótese em função do nível de autoconscientização, ainda que não fosse alto mas era diferente da passividade onírica.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Verdade e vivências

A busca da verdade começa pela interpretação correta das autovivências, incluindo os parafenômenos percebidos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

No dia 8/12 tive um “sonho” onde estava voando de avião e descendo em direção ao mar. Pensei que estava muito alto e tive certa vertigem (a sensação de estar no alto era bem real). Fui descendo em direção às pessoas que estavam nadando e fiquei preocupado de não machucá-las (com a estrutura do avião) e despertei em seguida. 

Pergunta: teria sido uma projeção? Julgo que tenha sido um fenômeno autoprojetivo com decolagem e interiorização do psicossoma. Segundo Muldoon, “sonhos de vôo” podem estar relacionados ao movimento do psicossoma.

A meu ver, essa experiência não foi um "sonho comum" mas uma projeção da consciência onde a sensação da decolagem do "segundo corpo" produziu um enredo relacionado ao "vôo de avião". Um dos fatores que me levam a considerar tal hipótese é o estado subjetivo de bem-estar após o retorno de uma projeção autêntica, diferente do despertar após um sonho comum.

Muldoon/Carrington diz: "a causa comum desses sonhos de queda é a interiorização do fantasma projetado". Noutras palavras: ocorrem devido a interiorização do psicossoma (veículo extrafísico da consciência). Ou seja, a projeção imprime um sonho relacionado com a ação extrafísica. "A atividade do corpo astral pode incitar um sonho de flutuação, de vôo ou de queda".

Embora se refiram aos "sonhos de queda" penso estejam na mesma categoria dos "sonhos de pouso" (no caso da experiência citada no início).  A ideia de que "Um sonho de queda pode associar-se com o de vôo" reforça esta ligação.

Muldoon/Carrington continua a explicação em relação a impressão do tempo: "O sonho propriamente dito pode dar a impressão de ter tido maior duração que o tempo gasto pelo fantasma para se interiorizar. Mas tão não se dá. Um sonho que aparentemente num longo período, pode ter gasto apenas momentos".

Referência: 

Muldoon, Sylvan J. & Carrington, Hereward; Projeção do Corpo Astral ("The Projection of the Astral Body"); Ed. Pensamento; São Paulo, SP; páginas 86-99).


Projetabilidade.

A importância da projetabilidade é que ela "objetiva" a consciencialidade, trazendo um pouco da flexibilidade e amplitude da vida extrafísica para a dimensão humana.

Análise psicológica do personagem

Outro dia assisti ao filme São Paulo: Sociedade Anônima disponível em uma plataforma de streaming. Se trata de um drama lançado em 1965, em...