terça-feira, 23 de julho de 2013

Exposição no Ecomuseu

Está havendo a exposição sobre o escritor e poeta Paulo Leminski no Ecomuseu de Foz do Iguaçu. Lá, podemos ver alguns livros de sua biblioteca, cartas pessoas, dentre outros pertences.

No mesmo local, há também interessante exposição sobre Arqueologia, com Dioramas com representação de cenas da história do Paraná em tamanho real.

Superman - crítica

O Homem de Aço (EUA, 2013).
Direção: Zack Snyder.
Roteiro: Christopher Nolan, David Goyer.

Prós: o herói convence no papel, é alguém realmente preocupado. Os alienígenas e a interação com a população terrestre são convincentes, vide o olhar de desprezo da bela e maligna alienígena. A necessidade de adaptação do extraterrestre (Superman) em relação a atmosfera terrestre e a necessidade de autocontrole de suas percepções diferenciadas.

Contra: belicismo, cacoete do catastrofismo, cenas e mais cenas de destruição, prédios desabando e lutas intermináveis muito além do tempo que a mente do cinéfilo já acostumado a fazer concessões para a indústria cinematográfica pode suportar. Chega um momento que todo o esforço de se fazer um filme “sério” cai por água abaixo porque temos a impressão de estar assistindo a um videogame. A facilidade de usar os efeitos especiais é tão evidente que falta comedimento e compreensão da psicologia humana. Depois de um tempo de exposição excessiva a tais efeitos a mente humana simplesmente se acostuma e todo aquele visual deixa de impressionar e se torna algo banal. O mesmo ocorre com as cenas intermináveis de ação. O que dá graça a uma cena de ação é a surpreendência e o contraste com a cena mais parada.


quarta-feira, 20 de março de 2013

Medicamentos e autorreflexão

Nos atendimentos psicológicos quando a pessoa relata ansiedade é muito comum a ocorrência associada de insônia. E mais comum ainda a recorrência aos tranquilizantes tarja preta (benzodiazepínicos) para garantir o sono. Porém, até que ponto esta é a melhor solução? Querer resolver os problemas psicológicos a partir de agentes químicos é tentador, afinal este encontra-se ao alcance de um comprimido. Mas é muito importante estarmos atentos para questões "abstratas" que transcendem a neuroquímica. Por exemplo:

1) Tenho objetivos na minha vida? Quais são eles?
2) Quais tarefas me deixam motivado?
3) Consigo ficar bem durante algum tempo sozinho?

São questões simples e ainda esquecidas na correria de muitos atendimentos. E qual relação entre objetivos, motivação e capacidade de ficar só com a insônia? Vamos analisar cada item.

Não é incomum encontrarmos pessoas naquela vida robotizada onde há grande automatismo dos comportamentos e pouco tempo para reflexão pessoal. Então, o "sentido" da vida passa a ser o próprio trabalho onde não há tempo para o lazer, para a higiene mental nem para o desenvolvimento intelectual.

É compreensível que este indivíduo, ao despertar à noite, fique desorientado sem saber o que fazer distante do frenesi e do agito do dia-a-dia.
Está fora do lugar de trabalho e as pessoas, da qual não raro mantém relação de dependência emocional, estão dormindo. É o momento onde o indivíduo se depara com sua própria consciência. Talvez este seja o motivo que assuste muitas pessoas. Mas, por este mesmo motivo, pode ser um momento adequado para colocar as ideias em dia e exercitar a autorreflexão. Afinal, qual o melhor momento para trabalhar com o intelecto do que no silêncio da madrugada?

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Viktor Frankl

O livro Ante el Vacio Existencial ("Das Leiden am sinnlosen Leben"), de Viktor Frankl é muito bom. Tenho esse exemplar há muitos anos, adquirido numa viagem à Buenos Aires.


Livros e sebos

Há uns dias fiquei com saudade de ler Jung e comprei o livro Educação e Psicologia, que não tinha ouvido falar. Estou aguardando chegar pelo correio.

Outra recente aquisição foi o livro Psicologia da Criatividade. Tinha esse material em xerox, mas já estava muito marcado e achei melhor comprar o livro.

Hoje entrei no site Estante Virtual procurando o livro Personalidade (Allport). Por sorte, encontrei-o no Sebo Cultural Foz. Aproveitei o horário do almoço para ir buscá-lo. Nada melhor que encontrar o livro que procura a um preço acessível.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Palestra: Marcia Tiburi

Na quarta-feira, dia 09 de maio, a escritora e filósofa Marcia Tiburi apresentou palestra na Feira do Livro, em Foz do Iguaçu. Ela disse que descobriu a Filosofia aos 13 anos e gostava de ler coisas complicadas. Ficou fascinada ao descobrir a Filosofia do séc. 19 (Nietzsche; Kierkegaard; Marx).

A seguir algumas ideias desta autora:

“Poucas pessoas tem a disciplina para escrever um livro. Tem que ser meio herói, porque não se ganha dinheiro"; 
"A questão do intelecto é muito mais reprimida do que a questão sexual";
"Quem se torna livre não aceita qualquer coisa";
"As famílias só se preocupam se as mulheres vão se casar com um bom partido e ter filhos. Histórica e culturalmente esperam das mulheres que elas se casem logo e tenham filhos";
"Os publicitários que vendem cerveja pensam que as pessoas são otárias. Vendem a ideia de que mulher é fácil, é só pegar e levar pra casa";

Livros: "A Filosofia Brincante"; "Filosofia em Comum"; "Filosofia Pop"; "Olho de Vidro" (sobre a TV).

sábado, 2 de abril de 2011

Agressão às crianças

Não é a primeira vez que observo pessoas defendendo o destrato ou agressão à crianças. Há alguns dias houve um caso onde um coordenador de uma Escola, num gesto suspeito de tendência pedófila obrigou os alunos de 11 anos a tirarem a roupa porque havia desaparecido o vale-transporte de uma professora. Hoje (10/11), a notícia se refere a uma professora de 62 anos que agrediu 3 alunos de 8 anos com socos e empurrões.

Como se não bastasse o absurdo da situação, precisamos ainda nos deparar com leitores defendendo a professora com o lero-lero de sempre: “baixo salário”, “estresse acumulado”, “os alunos de hoje não respeitam mais ninguém”. Tudo isso para justificar a agressão a crianças que não têm condições físicas nem psicológicas de se defender.

É claro que o exercício da docência não é uma tarefa fácil. Mas quem escolhe uma profissão deve estar ciente das suas dificuldades. Portanto, um professor(a) deve se preparar para conviver com o estresse antes de entrar em sala de aula. Para isso, deve estar atento a carga horária de sono, alimentação equilibrada, afetividade, vida social, dentre outras.

Que muitos de nós temos a capacidade de identificação com os erros alheios e até justificá-los é um fato. O problema é quando tal atitude se transforma num hábito de acobertamento onde, por má intenção, não distinguimos mais entre a conduta positiva (sadia) e a errada (doentia). Assim, para tudo de errado que acontece sempre existe uma justificativa: estresse, baixo salário, dentre outros. Dessa forma, entramos numa armadilha mental onde tudo é relativizado e justificado. Pergunta: onde fica o sentido de responsabilidade individual, então?

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(Comentário publicado no site do jornal O Globo, em 10/11/10)

Referências:

http://oglobo.globo.com/cidades/sp/mat/2010/11/10/professora-acusada-de-dar-soco-na-boca-de-aluno-de-8-anos-em-sp-922992738.asp
http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/10/28/coordenador-de-escola-obriga-alunos-tirar-roupa-apos-sumico-de-cartao-de-transporte-no-espirito-santo-922895026.asp

Filmes sem conclusão

Outro dia assisti a um filme daqueles que "acabam mas não terminam". Ou seja, a estória chega ao final e não há um desfecho, uma c...