Tenho boas lembranças do Stockler, colégio onde estudei da segunda até oitava série, na Gávea. Da biblioteca que ficava próxima à cantina, dos amigos de turma: R. me falando do livro Diário de um Mago do Paulo Coelho, de quando fomos na casa da sua avó ali na Marquês de São Vicente e ouvimos Bach (Concerto Brandenburgo) num minisystem da Aiko. Ali perto havia uma igreja aonde ía ver um órgão de tubos. R. chegou a tirar foto minha sentado com as mãos no teclado em pose de organista.
Nesta época estava na fase musical que começou após assistir ao filme Amadeus sobre a vida do compositor Mozart. Naquela noite, fiquei sonhando com ópera e teatro. Pouco tempo depois, enquanto passava férias na casa dos meus primos em Assunção (meu tio é militar e estava servindo lá), ganhei de aniversário um teclado. Comecei a ter aulas particulares com uma professora de orgão eletrônico.
Nesta Escola havia um colega, E., que gostava de desenhar e começou a tocar piano na mesma época quando comecei as aulas de teclado. Nossas conversas eram sobre desenhos, música clássica e diferenças entre piano e órgão.
Lembro da aula de Matemática onde o professor vestia blusa comprida e bermudas no inverno pois dizia não sentir frio nas pernas.
Daí surgiu o gosto pela música erudita. Obviamente, meus desenhos eram sobre essa temática e lia tudo o que podia a respeito. Fiz um álbum com todas as ilustrações que encontrava sobre Mozart (naquela época não havia internet) que depois me desfiz num período mais radical.
Ali também conheci M. que também desenhava gostava de HQs (história em quadrinhos).
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